Mudanças
A única constante na vida é a mudança.
É tão mais fácil quando aceitamos a mudança. A bonança e a tempestade. A questão é que aceitar é aceitar mesmo, lá no fundo. Aceitar, integrar, confiar, receber a mudança.
Se as mudanças viessem sempre da nossa vontade talvez não fosse um problema. Mas não vêm, pois não? Na maioria das vezes parece até que a nossa vontade manda pouco.
Mas e não é que cada vez percebo mais que manda muito? Manda como nos relacionamos com o que surge. Como vemos o que muda. Como abraçamos o que traz e agradecemos ao que vai. De uma forma nem sempre fácil, claro está.
As relações, as ideias, a idade, as vontades, as apetências, as competências, o corpo, as cidades. Tudo muda. Às vezes ciclicamente, outras vezes de vez. Mas nada morre, tudo se transforma. Cria-se espaço, entram novas sortes. Perde-se para se ganhar.
Nem sempre é assim, linear. Reconhecemos que toda a mudança tem consequências. E se às vezes já as conhecemos e não as queremos, outras vezes não queremos arriscar. Dar um passo em frente pode ter tanto de entusiasmante como de assustador.
A questão é seguir o tal farol interno. Saber quais as que são para acontecer. Saber distinguir. Saber quando é intuição e quando é medo. E se é medo, nem sempre ajuda. Questionar, ouvir (os outros e a nós). Abrir a mente e o coração às hipóteses. E procurar seguir o que faz mais sentido, de verdade, em cada momento.
Quando nos apanhamos e percebemos que estamos no turbilhão interno que é a resistência à mudança, é deixar ir. Vamos sempre dar à costa.
Coragem!
E depois, celebrar!